A leitura na escola: o avesso da avaliação externa

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

Esta pesquisa pretendeu estabelecer relações entre as práticas de leitura desenvolvidas nas salas de aula de escolas da Rede Municipal de Belo Horizonte e o resultado na avaliação do SIMAVE 2002 (Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública), em Língua Portuguesa, em duas escolas que obtiveram desempenhos diferentes nessa avaliação. Para isso, foram observadas as práticas de leitura de duas turmas da 2ª etapa do 2º Ciclo de Formação (correspondente à 4ª série do Ensino Fundamental), consideradas mais fracas e mais fortes, em cada uma dessas escolas, durante um semestre, pois se pressupõe que uma avaliação externa não leva em conta as especificidades da escola. Estabeleceram-se algumas categorias de análise para a comparação das práticas de leitura desenvolvidas nas turmas e disciplinas acompanhadas, como o modo de ler os textos, as características do material textual, as atividades de leitura realizadas pelos alunos, as habilidades presentes nessas atividades e a prática pedagógica realizada em cada turma. Como resultado das observações, pode-se afirmar que as práticas de leitura foram semelhantes entre as turmas acompanhadas, em relação aos modos de ler, às características do material textual e às atividades e habilidades de leitura, havendo algumas diferenças nas mediações ou estratégias propostas pelas professoras. Percebe-se, também, que as habilidades trabalhadas em leitura possuíam semelhanças às habilidades medidas pela avaliação do SIMAVE. Dessa forma, levantam-se algumas hipóteses que podem explicar a obtenção de resultados distintos por duas escolas numa avaliação externa, que mede habilidades de leitura, como a diferença do nível socioeconômico das escolas e a diferença do nível de aprendizagem de leitura entre as turmas.

ASSUNTO(S)

praticas de leitura   livros didáticos conhecimento educação teses salas de aula avaliação escolar

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