A legitimidade do cooperativismo fomentado pelo investimento social privado: o caso de uma cooperativa baiana.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

24/05/2011

RESUMO

O Investimento Social Privado (ISP) foi desenvolvido por executivos e líderes empresariais na década de 1990 e pode ser entendido como recursos financeiros, humanos, técnicos ou gerenciais, aplicados de forma estrategicamente planejada e sistemática, em benefício público. Com a amadurecimento da atuação das empresas no campo social, o ISP tem se caracterizado também pelo foco na gestão profissionalizada e no investimento em causas menos assistencialistas, priorizando ações contínuas e cuja existência seja planejada para além do apoio direto da empresa, ou seja, sustentáveis. Dentre as alternativas de intervenção com este fim, observa-se relevante proliferação da identificação do cooperativismo como uma alternativa promissora de desenvolvimento. Porém, percebe-se que a metodologia adotada, pelos diferentes atores, visando divulgar e sensibilizar a sociedade quanto à importância deste movimento, não tem alcançado o êxito esperado e por conseqüência não tem mobilizado a parcela da população para quem o modelo econômico melhor atenderia às necessidades, conforme crença alimentada pelos referidos programas. O objetivo dessa pesquisa é avaliar a legitimidade dos critérios adotados pelos projetos apoiados pelo Investimento Social Privado (ISP) para a definição e implantação de cooperativas enquanto estratégia de geração de trabalho e renda em comunidades. Consiste num estudo descritivo conclusivo de caráter documental tendo como campo de uma cooperativa agropecuária baiana, fomentada a partir de um Projeto de geração de renda implantado pela iniciativa privada. Para embasar a pesquisa realizou-se um resgate das teorias referentes à temática da legitimidade e representação social e uma análise histórica dos conceitos de Responsabilidade Social, Investimento Social Privado e Cooperativismo. Conclui-se no estudo que a decisão pela implantação da Cooperativa ALFA enquanto modelo econômico mais adequado ao atendimento das necessidades dos envolvidos, não contou com a definição de critérios claros e específicos, construídos de forma participativa ou previamente validados junto à comunidade e que a adesão comunitária se deu motivada pelos benefícios inerentes ao Projeto e pela credibilidade na equipe técnica deste. No entanto, os cooperados reconhecem a iniciativa como instrumento de transformação da sua realidade familiar e comunitária.

ASSUNTO(S)

cooperativism administracao legitimidade representação investimento social privado cooperativismo legitimacy representation private social investiment

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