A invenção de uma tradição: as fontes históricas no debate entre afrocentristas e seus críticos
AUTOR(ES)
Bussotti, Luca, Nhaueleque, Laura António
FONTE
História
DATA DE PUBLICAÇÃO
07/06/2018
RESUMO
RESUMO: Este artigo visa analisar o uso das fontes históricas no debate entre a corrente filosófica do Afrocentrismo e as críticas que esta recebeu. O Afrocentrismo, principalmente na versão elaborada por Asante, propõe a revisão radical e a superação do paradigma eurocêntrico. O alicerce desta proposta é a ideia de que o pensamento filosófico e científico surgiu em África, nomeadamente na civilização egípcia, considerada “negra”, de acordo com a lição de Anta Diop. As provas de matriz histórica utilizadas pelos afrocentristas foram largamente contestadas. O artigo pretende evidenciar a forte ligação entre elaboração filosófica, aparato ideológico e “invenção” duma tradição histórica por parte do Afrocentrismo, cujo uso instrumental das fontes entra em choque com as regras básicas da ciência histórica. Daqui, as duras críticas recebidas, devido à sua escassa fiabilidade epistemológica e metodológica.
ASSUNTO(S)
afrocentrismo eurocentrismo fontes históricas egito asante
Documentos Relacionados
- Medicinas indígenas e as políticas da tradição: entre discursos oficiais e vozes indígenas
- As denúncias de uma tradição: das velas do shabat às fogueiras da inquisição
- Tradição crítica e crítica da tradição: as fortunas da ars histórica
- Entre a modernidade e a tradição: a iniciação sexual de adolescentes piauienses universitárias
- Reconstruindo a tradição: turismo e modernidade na China e no Japão