A intervenção em saúde do trabalhador na perspectiva dos atores históricos do campo

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. saúde ocup.

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/07/2019

RESUMO

Resumo Introdução: o campo da Saúde do Trabalhador (ST) se assenta em uma concepção que pressupõe uma visão ambiental, social e histórica do processo saúde-doença, ultrapassando os limites dos locais de trabalho. Objetivo: apresentar diferentes facetas da intervenção em ST a partir de um resgaste histórico da construção do campo, destacando visões de seus instituidores. Métodos: entrevistas com agentes históricos do campo considerados informantes-chave. Para análise do conteúdo abordado nas entrevistas foram eleitas as categorias: os alicerces da intervenção e sua viabilidade na estruturação dos serviços; intervenção como produção de conhecimento e normativa; a propagação da intervenção: formação e informação. Resultados: na perspectiva desses atores, a intervenção é uma marca do campo que se apresenta na produção científica e técnica, bem como nos serviços; fortemente aliada ao movimento dos trabalhadores enquanto sujeitos, tanto nas ações como na produção compartilhada de conhecimento. Conclusão: no campo da ST, a intervenção tem como expressão máxima a Vigilância em Saúde do Trabalhador. Também se manifesta nas modalidades de pesquisa-ação, pesquisa-intervenção e comunidade ampliada de pesquisa, que afirmam o protagonismo dos trabalhadores e a valorização da subjetividade para os processos de transformação.Abstract Introduction: the Worker’s Health (WH) field is based on a conception that presupposes an environmental, social and historical view of health-disease process beyond the workplace limits. Objective: to present different facets of the WH intervention from a historical recovery of the field construction, highlighting its founders’ views. Methods: interviews with historical field actors considered key informants. For the interviews content analysis, the following categories were defined: the intervention foundation and its feasibility for services structuring; intervention as knowledge production and regulation; the intervention spreading: training and information. Results: from these actors’ perspective, intervention is intrinsic to the field, and is present in scientific and technical production, as well as in services; strongly allied to the workers’ movement as subjects, both in actions and in the shared production of knowledge. Conclusion: in the WH field, intervention has the Workers’ Health Surveillance as its maximum expression. It is also shown in form of action-research, intervention-research and broader research community, which affirms workers’ protagonism and the subjectivity growing importance for the transformation processes.

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