A integração da cadeia de suprimentos e o desempenho logístico : um estudo de caso na indústria siderúrgica

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

17/04/2012

RESUMO

Esta pesquisa trata do tema integração da cadeia de suprimentos e o desempenho logístico no contexto da indústria siderúrgica, âmbito das usinas integradas, no Estado de São Paulo. São examinadas as cadeias de suprimentos localizadas upstream. O Brasil é o 9 maior produtor, já tendo exportado para mais de 100 países. São matérias-primas principais: o minério de ferro, o carvão mineral, o calcário, a dolomita e o manganês, transportados a granel por via ferroviária ou marítima. O minério de ferro procede do quadrilátero ferrífero (Belo Horizonte, Santa Bárbara, Mariana e Congonhas do Campo) distando mais de 550 Km de Cubatão (SP). O abastecimento do minério de ferro é feito pela ferrovia MRS Logística, S.A. diretamente, ou com baldeio em Mogi das Cruzes (SP). O minério de ferro, o carvão e outros são armazenados em pátios de matérias-primas. A produção de laminados utiliza intensamente mão-de-obra, bem como o embarque de produtos siderúrgicos em navios, que são atividades especializadas com repercussão na economia regional. A manutenção e o crescimento destas atividades na região da Baixada Santista dinamiza os setores do comércio e serviços, contribuindo para a qualidade de vida dos seus habitantes. Nesta segunda década do milênio, a competição estabelece-se não mais sobre um produto, mas sobre a cadeia que apresenta reduzidos custos logísticos. A usina utiliza prestadores de serviços logísticos para garantir o abastecimento de suas matérias-primas. Fornecedores, cliente e os prestadores constituem as cadeias de suprimentos de primeira camada. Conforme Ballou (2006b), as cadeias responsivas são altamente integradas. Essa integração ocorre mediante relacionamentos. É objetivo dessa pesquisa o estudo dos relacionamentos desses atores, que promovam modificações positivas no desempenho logístico das cadeias. Para Bowersox (2006), os três ciclos logísticos (suprimentos, produção e distribuição) se entrelaçam e passa pela responsabilidade da gestão logística coordenar e integrar todas as unidades com o objetivo de agregar valor ao sistema logístico. Segundo Ballou (2006b), a colaboração e coordenação serão as chaves para alcançar os benefícios da gestão da cadeia de suprimentos. Entretanto, esses benefícios poderão ser explicitados somente através de medidas de desempenho logístico, tomadas a partir dos objetivos e metas acordados, uma vez identificadas as oportunidades de melhoria nesses processos. Através do questionário foram levantados dados que permitiram confirmar as hipóteses da pesquisa: o planejamento logístico da empresa focal atinge os fornecedores; há gerenciamento de lead times; há compartilhamento de informações via sistemas informatizados; os indicadores de desempenho logístico da cadeia avaliam a eficiência dos ciclos de atividades. Confirmou-se a hipótese de correlação entre colaboração e desempenho logístico, bem como associação entre variáveis de colaboração e variáveis de custos de transação.

ASSUNTO(S)

cadeia de suprimentos colaboração desempenho logístico siderurgia administracao

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