A instrumentalização do discurso do medo: pastores midiáticos e o período pré-eleitoral de 2014

AUTOR(ES)
FONTE

Intercom, Rev. Bras. Ciênc. Comun.

DATA DE PUBLICAÇÃO

19/08/2019

RESUMO

Resumo Em tempos de pluralidade de ideias e valores morais, determinadas lideranças religiosas buscam se reafirmar como fontes da verdadeira moral e combater certos tipos de pensamento que possam desestabilizar seu modus operandi. Diante disso, os períodos pré-eleitorais, por muitas vezes, se tornam um momento propício para o engajamento religioso no debate político, com a intenção de influenciar a decisão de voto do fiel. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é analisar as formas de engajamento político, por parte de dois pastores midiáticos – Silas Malafaia e Marco Feliciano – na mídia tradicional e nas redes sociais digitais. Apresentaremos os seus posicionamentos diante de pautas progressistas que, a partir da redemocratização, começam a ser vinculadas à esquerda, ao Partido dos Trabalhadores, e as suas propostas políticas, fundamentadas em princípios messiânicos e salvacionistas. Nossa hipótese é que o discurso do medo é empregado por esses pastores neopentecostais como forma de manutenção de uma determinada ordem, ditada pela religião na qual se filiam.Abstract In times of plurality of ideas and moral values, some religious leaders seek to reaffirm themselves as sources of true morality and to combat any kind of thinking that could destabilize their “modus operandi”. In view of that, pre-election periods often become a propitious moment for religious engagement in the political debate with the intention of influencing the vote decision of the faith. In this sense, the objective of this work is to analyze the forms of political engagement, by two media pastors – Silas Malafaia and Marco Feliciano – in traditional media and social networks. We will present their positions in the face of progressive lines traditionally linked to the Left and the Workers’ Party, and their political proposals based on Messianic and Salvationist principles. Our hypothesis is that the discourse of fear is employed by these Neo-Pentecostals pastors as a way of maintaining order, dictated by the religion they join.

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