A influência dos organismos internacionais nas políticas educacionais para a educação superior no Brasil

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O presente estudo trata da influência dos organismos internacionais nas Políticas Educacionais para o Ensino Superior no Brasil. Esse estudo parte do pressuposto da necessidade de Políticas Públicas para a consolidação da própria existência social e a efetivação do convívio social. Essas são subentendidas como necessárias para a população. Ora são solicitadas pelo povo, ora são formuladas pelo governo. Os diferentes governos as produzem, modificam, transformam, também, subentendendo, benefícios para a população. Mas os sucessivos governos apresentam diferentes políticas, por vezes com características mais socialistas, por vezes com características mais capitalistas. E, conforme o rumo tomado, organismo externos exercem influência sobre as políticas públicas de forma mais contundente, transformando o que era benefício para a população, em benefício para o capital. A metodologia de coleta de dados utilizada foi documental e bibliográfica. Inicialmente documental, com análise de documentos produzidos pelos organismos internacionais e, na seqüência, avaliação da bibliografia existente na literatura, utilizando-se de autores como Fonseca, Dias Sobrinho, Luft, Catani, dentre outros. O trabalho está estruturado em capítulos, apresentando, inicialmente um breve histórico da introdução do neoliberalismo e suas diferenças com o liberalismo clássico da qual deriva, evidenciando que o neoliberalismo prega um Estado mínimo, regulador, e um mercado forte. Neste enredo a educação superior pública passa por um desinvestimento, ao passo que a educação superior privada é estimulada. Na seqüência são discutidas as influências externas sofridas pelo governo neoliberal. Bancos multilaterais, como Banco Mundial, BID, dentre outros, e instituições como CEPAL, OMC, UNESCO, por exemplo, fazendo sugestões para as políticas públicas no Brasil. Sem dúvida, a principal instituição a fazer condicionalidades diante os empréstimos adquiridos é o Banco Mundial. Como se descreve no texto, essas condicionalidades jogam as políticas educacionais, com exceção do ensino básico, que é tido como universal e gratuito, para o mercado. E, por fim, apresenta-se uma discussão sobre o governo atual, do Presidente Luis Ignácio Lula da Silva. Um governo de origem de esquerda, do qual se esperava um embate mais duro frente às condicionalidades dos organismos internacionais sobre as políticas públicas. O que se observa é o que ocorreu foi praticamente um paralelo entre as condicionalidades sugeridas pelos organismos internacionais e as políticas educacionais atuais. Apresenta-se também uma análise sobre a reforma universitária que está em discussão, tema complexo, com a expectativa de que traga soluções para a Educação Superior, recolocando-a como uma fonte de conhecimento para o desenvolvimento da nação.

ASSUNTO(S)

educação e estado cooperação intelectual política e educação educacao ensino superior

Documentos Relacionados