A influência dos fluxos de metano na interface sulfato/metano em sedimentos de hidrato de gás do Cone do Rio Grande, Sul do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Geol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-09

RESUMO

RESUMO: Muitas pesquisas têm sido publicadas relacionando elevadas acumulações de hidrato de gás e o ciclo global do carbono. Nesse contexto, a determinação da profundidade da interface sulfato/metano (SMI) é importante para entender a dinâmica do fluxo de metano em locais rasos. Este artigo científico identifica a profundidade da SMI em sedimentos com base em perfis de concentração de sulfato e metano em testemunhos recuperados na Província do Hidrato de Gás do Cone do Rio Grande, Bacia de Pelotas, no Sul do Brasil. A forma dos perfis de concentração de metano e sulfato nos sedimentos pode ser relacionada à taxa de fluxo de metano da seguinte forma: (i) fluxo de metano quase linear, de alta difusão ascendente, com alta difusão de sulfato da água do mar; (ii) fluxo de metano irregular e taxas variáveis;(iii) perfil de tipo torção, que é indicativo de um fluxo de metano variável em vez de somente alto fluxo ascendente. As áreas em que o alto fluxo de metano foi identificado estão associadas com chaminés de gás em sedimentos dentro de pockmarks, enquanto perfis com baixo fluxo de metano estão presentes em áreas adjacentes. Essas chaminés aparecem como brancos acústicos nos dados sísmicos e, portanto, podem ser mapeadas na subsuperfície. A variação da reflexão sísmica que segue o SMI coincide com a ocorrência de nódulos e concreções de carbonato autigênicos. Além disso, elevados fluxos de metano e a ocorrência de concreções e nódulos de carbonatos foram correlacionados pela posição estratigráfica dos intervalos de concreções e perfis de sulfato.

ASSUNTO(S)

hidrato de gás fluxo de metano cone de rio grande brasil

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