A influência das informações da Pesquisa Nacional de Saúde sobre a estimativa atual e a trajetória do aleitamento materno exclusivo no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/08/2019

RESUMO

Nosso propósito foi discutir a consistência da estimativa dos indicadores do aleitamento materno na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e suas implicações para a análise da trajetória destes indicadores entre 1986 e 2013. A principal limitação para a estimativa atual (2013) dos indicadores de aleitamento materno com base na PNS e sua trajetória (1986-2013) é a ausência da data de entrevista nos microdados, comprometendo o cálculo exato da idade. Estudos prévios mostraram cenários distintos do aleitamento materno exclusivo (AME) baseando-se na PNS: 36,6% (estabilização da prevalência em comparação com 2006 [Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde - PNDS]) e 20,3% (retrocesso da prevalência). Simulações de data da entrevista utilizando data da coleta de dados da PNS (agosto/2013 a fevereiro/2014) nos indicaram variação de prevalência de 25,3% a 42,8% (AME); 54% a 61,5% (aleitamento materno) e 32,7 a 40,5% (aleitamento materno), respectivamente. A divergência de cenário apresentado no status do aleitamento materno nos desperta para a inviabilidade de estimativa do AME em 2013 na ausência de esclarecimento da data da entrevista.The study aimed to discuss the consistency of estimates of maternal breastfeeding in the Brazilian National Health Survey (PNS) and the implications for the analysis of trends in these indicators from 1986 to 2013. The main limitation for the current estimate (2013) of breastfeeding indicators based on the PNS and their trend (1986-2013) is the absence of the interview date in the microdata, thus hindering a precise calculation of age. Previous studies have shown different scenarios for exclusive breastfeeding based on the PNS: 36.6% (stabilization of prevalence in comparison to 2006 [Brazilian National Survey of Demography and Health - PNDS]) and 20.3% (downward prevalence). Simulations of the interview date using the date of data collection in the PNS (August 2013 to February 2014) indicated a variation of prevalence 25.3% to 42.8% (exclusive breastfeeding); 54% to 61.5% (breastfeeding); and 32.7% to 40.5% (breastfeeding, second), respectively. The discrepancy in the scenario for breastfeeding status calls attention to the unfeasibility of the exclusive breastfeeding estimate for 2013, pending clarification of the interview date.

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