A influência da escolaridade no desempenho da memória operacional de idosos sem declínio cognitivo

AUTOR(ES)
FONTE

Dement. neuropsychol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-09

RESUMO

Resumo Ao longo das últimas décadas pesquisas em cognição têm sido desenvolvidas rapidamente na tentativa de compreender as mudanças cognitivas que acontecem durante o processo de envelhecimento. Existem evidências de que indivíduos idosos têm pior desempenho de memória operacional do que adultos jovens. No entanto, o efeito da escolaridade sobre desempenho ainda não foi totalmente esclarecido. Objetivos: Analisar o desempenho da memória operacional de idosos sem comprometimento cognitivo e verificar a influência da escolaridade neste desempenho. Métodos: Foram avaliados 40 idosos sem comprometimento cognitivo, independentes, escolhidos aleatoriamente em um grupo de idosos que participaram de uma atividade cultural no campus universitário. Foi utilizado o teste de extensão de dígitos na ordem direta (EDOD) para avaliar a atenção. A memória operacional foi examinada a partir do teste de extensão de dígitos na ordem inversa (EDOI) e a partir da diferença entre EDOD e EDOI. Os dados foram estatisticamente analisados, sendo o Coeficiente de Correlação de Spearman utilizado para verificar correlação entre os escores dos testes de extensão de dígitos (ED) e as variáveis idade e escolaridade e o Modelo de Regressão Linear Múltipla para verificar o efeito destas variáveis nos escores do teste ED. Resultados: Foi observada correlação positiva significativa (r=0,41, p<0,01) e associação significativa (b=0,506; p=0,001; CI 95%=0,064/0,237) entre escolaridade e o escore do EDOI. Não foi observada correlação (r= -0,08, p=0,64) ou associação ((b=0,041; p=0,775; CI 95%= -0,049/0,065) entre idade e os escores do EDOI. Conclusão: Neste estudo, maiores níveis de escolaridade associaram-se com melhor desempenho de memória operacional.

ASSUNTO(S)

envelhecimento escolaridade memória operacional.

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