A importância do perfil clínico-laboratorial no diagnóstico diferencial entre malária e hepatite aguda viral

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal de Pediatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-10

RESUMO

OBJETIVOS: Destacar o perfil clínico-laboratorial de malária e hepatite aguda viral em dois grupos de crianças, ressaltando semelhanças e diferenças entre os dois quadros; subsidiar o aumento da sensibilidade clínica de presunção diagnóstica precoce de malária na infância. MÉTODOS: Foram estudados dois grupos de 30 crianças, de dois a dez anos de idade, portadoras de primo infecção malárica ou hepatite viral aguda, confirmados pela pesquisa de plasmódio e pesquisa de marcadores virais de hepatite A e B. As crianças foram submetidas às seguintes avaliações no primeiro dia de atendimento: hemograma, contagem de plaquetas, dosagem de enzimas hepáticas, uréia, creatinina e bilirrubinas. Os achados clínicos e laboratoriais foram descritos e comparados entre os dois grupos. Proporções de indivíduos com exames físicos alterados foram comparadas nos dois grupos, pelo teste exato de Fisher. RESULTADOS: A apresentação clínica inicial da doença foi semelhante em todos os pacientes: febre, cefaléia, sintomas digestivos e colúria. Metade dos portadores de malária não apresentou a tríade clássica, apesar de todos terem apresentado febre moderada ou alta, ao contrário dos portadores de hepatite. Na avaliação laboratorial, os portadores de malária apresentaram mais anemia e plaquetopenia quando comparados aos portadores de hepatite. Foram marcantes, nos portadores de hepatite, as elevações de bilirrubinas e enzimas hepáticas. CONCLUSÕES: A propedêutica detalhada e a avaliação criteriosa dos exames laboratoriais inespecíficos constituem peças fundamentais para a diferenciação clínica entre os dois diagnósticos, reforçando a identificação precoce do parasita e, conseqüentemente, o tratamento rápido de malária em crianças.

ASSUNTO(S)

malária vivax hepatite viral criança

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