A HISTÓRIA NUNCA SE FECHA

AUTOR(ES)
FONTE

Sociol. Antropol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-08

RESUMO

Resumo O artigo analisa como a expressão circuito fechado usada por Florestan Fernandes assume posição central em seus estudos sobre a sociedade brasileira, constituindo-se em um dos apoios teórico-metodológicos de sua reflexão. Assim, sua utilização proporciona o questionamento de vários ângulos utilizados na interpretação do Brasil: a visão linear da história, a ideia de dualismo do país, a proposta analítica de formação, a aceitação da autonomia das instituições. Florestan Fernandes prioriza a pergunta sobre os efeitos sociais e políticos advindos de uma formação econômico-social na periferia do capitalismo, formação peculiar, pois não apenas soma, mas combina, na manutenção de seu perfil, modernidade e arcaísmos. A pergunta sobre a coexistência no Brasil do capitalismo moderno e da desigualdade, que limita o acesso aos direitos políticos e sociais, o induz a avançar tanto no estudo dos grupos como das modalidades de ação. O artigo indaga, ainda, sobre a pertinência da utilização dessa expressão para enfocar os embates sociais e políticos contemporâneos.

Documentos Relacionados