A formação de nutricionistas no Brasil: notas para o debate sobre carga horária mínima para integralização curricular dos cursos de graduação

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Nutr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-10

RESUMO

Este ensaio tem por objetivo discutir os atuais parâmetros de carga horária mínima para a integralização dos cursos de bacharelado em Nutrição, diante dos desafios para qualificar a formação profissional na área da saúde. Analisaram-se documentos oficiais sobre carga horária mínima de cursos de Nutrição para investigar o atendimento às diretrizes curriculares para a área, à lei que regulamenta a profissão de nutricionistas e às premissas de formação para o Sistema Único de Saúde. Verificou-se que, em comparação com outros cursos da saúde, o de Nutrição foi o que apresentou menor expansão de carga horária. As mudanças no perfil epidemiológico/demográfico/nutricional da população e os avanços do conhecimento requerem ações específicas de nutrição. A formação para o Sistema Único de Saúde, voltada à integralidade, nos três níveis de atenção à humanização e ao trabalho em saúde, exige aprimoramento das concepções teórico-conceituais e metodológicas para a graduação. A incorporação de saberes para atuar sobre fenômenos alimentares e nutricionais, incluindo a dimensão social/cultural, gestão de políticas públicas e da alimentação coletiva, além da vigilância alimentar e nutricional, demanda formação que ultrapassa a carga horária mínima em vigor. Em conclusão, sugere-se que o estabelecimento de 4 mil horas como carga horária mínima da graduação em Nutrição poderá contribuir para qualificar a formação e promover a integração do estudante na vida universitária, articulando vivências interdisciplinares no trinômio ensino/pesquisa/extensão.

ASSUNTO(S)

currículo nutricionista atenção à saúde política de saúde

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