A formação da superfície estigmática em Passiflora elegans (Passifloraceae)

AUTOR(ES)
FONTE

Rodriguésia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-09

RESUMO

Resumo A superfície estigmática é uma estrutura multicelular complexa, onde o tubo polínico inicia o seu desenvolvimento, necessária para a fecundação. Este desenvolvimento depende de condições favoráveis que envolvem a anatomia do estigma durante o processo de reconhecimento. Passiflora é um gênero economicamente importante devido aos seus frutos comestíveis. O estigma de Passiflora tem sido descrito por vários autores, mas o seu processo de formação é desconhecido. Esse trabalho tem por objetivo descrever o processo de formação da superfície estigmática de Passiflora elegans. Os resultados demonstram que durante a fase de botão jovem, a superfície estigmática é composta por pequenas células e apresenta superfície plana. As células da camada subdepidérmica apresentam grandes vacúolos e núcleo, próximo da parede periclinal externa. Durante o seu desenvolvimento, a superfície estigmática torna-se irregular devido ao alongamento de células da camada subdepidérmica. Essas modificações resultam em um acréscimo da superfície secretora externa do estigma, e provavelmente desempenham um importante papel no reconhecimento do pólen. Os conteúdos polissacarídicos encontrados na superfície interna dessas estruturas podem estar envolvidos com os processos de sinalização do tubo polínico durante seu desenvolvimento inicial. As evidências morfológicas observadas nesse trabalho demonstram que as estruturas presentes na superfície do estigma de Passiflora são constituídas por células de origem dérmica e subdérmica, e não devem ser caracterizadas como coléteres ou papilas, sendo assim, caracterizadas nesse trabalho como emergências estigmáticas.

ASSUNTO(S)

anatomia desenvolvimento do estifma emergência estigmática polinização

Documentos Relacionados