A formação como estratégia de pesquisa e intervenção em saúde do trabalhador

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. saúde ocup.

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/11/2018

RESUMO

Resumo Este ensaio tem como objetivo refletir acerca de contribuições teórico-metodológicas que possibilitaram a composição de uma “caixa de ferramentas” para o desenvolvimento de pesquisas e intervenções nos mundos do trabalho articuladas a estratégias de formação de trabalhadores. Inicialmente, coube destacar a influência do patrimônio construído no Brasil pelos movimentos de educação popular e da saúde do trabalhador, que preconizam uma cooperação crítica entre intelectuais e trabalhadores visando à transformação das situações de vida e trabalho. Nessa direção, mostrou-se fundamental a incorporação do “ponto de vista da atividade” e a proposição do dispositivo Comunidade Ampliada de Pesquisa e Intervenção (CAPI), com vistas ao desenvolvimento de práticas de formação que contribuem para a promoção da saúde a partir das situações de trabalho. Tal encaminhamento aposta na produção de meios de análise e de transformação do trabalho conduzidos pelos próprios trabalhadores (desenvolvendo sua capacidade investigativa), em diálogo com os pesquisadores profissionais. Isso demonstra a valorização de um patrimônio comum de conceitos, mas, principalmente, de uma perspectiva ética e epistemológica segundo a qual a compreensão ↔ transformação das situações de trabalho e a promoção da saúde somente são possíveis por intermédio da sinergia entre os saberes das disciplinas e aqueles investidos na atividade.

ASSUNTO(S)

saúde do trabalhador formação de trabalhadores atividade de trabalho comunidade ampliada de pesquisa e intervenção promoção da saúde

Documentos Relacionados