A fixação e a transitoriedade do gênero molecular

AUTOR(ES)
FONTE

Horiz. antropol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-04

RESUMO

Resumo Este artigo visa refletir sobre o papel dos hormônios ditos sexuais como alicerces de uma visão binária do gênero. Através da análise de dois manuais de ciências básicas adotados com frequência no ensino de graduação em saúde no Brasil (Fisiologia, de Berne et al., e As bases farmacológicas da terapêutica, de Goodman e Gilman), é possível demonstrar uma permanência da concepção dos hormônios sexuais como mensageiros químicos do gênero, num processo que confere características estereotípicas de masculinidade e feminilidade às próprias moléculas. Com isso, pretendo colaborar na discussão acerca dos limites entre natureza e cultura nas descrições do funcionamento do corpo biomédico num nível molecular, além de explicitar o mito de neutralidade científica característico desse campo do conhecimento.

ASSUNTO(S)

ciência corpo gênero hormônios sexuais

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