A filosofia no ensino médio: sentidos do exercício da docência

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A pesquisa investiga quais sentidos os professores de Filosofia do Ensino Médio atribuem ao exercício docente. Conhecer cientificamente tais sentidos pode contribuir para o exercício desta profissão, para seu melhoramento e organização de suas condições, além de abrir caminhos para o trabalho dos formadores destes professores. Partiu-se dos estudos realizados no Grupo de Pesquisa Educação e Trabalho e procurouse compreender a percepção profissional dos professores de Filosofia em exercício. A pesquisa contextualiza o trabalho dos professores de Filosofia no Ensino Médio destacando os atuais aspectos investigativos, históricos, formativos e legais. Enfatiza-se os antecedentes e condicionantes da Resolução 4/2006 do Conselho Nacional de Educação, que tornou obrigatória a presença da Filosofia no Ensino Médio adequando-a ao projeto pedagógico de cada escola. Optou-se pelo método fenomenológico como abordagem teórico-metodológica e apresenta-se a natureza humana como semiótica, fundamentado em aproximações e distanciamentos entre a fenomenologia e a corrente histórico-cultural. Realizou-se a coleta de dados em duas etapas: novembro de 2005 e dezembro de 2006, abrangendo 15 Escolas de Ensino Médio do Município de Itajaí SC. Escolheu-se um grupo significativo dos professores que lecionavam Filosofia, que responderam ao questionário-pesquisa. Levou-se também em consideração para a escolha, a formação inicial, o tempo de experiência e a carga horária. A análise dos dados revelou que a percepção da docência está intimamente relacionada às experiências profissionais dos professores de Filosofia e estas manifestam a dinâmica da docência. Os sentidos atribuídos ao exercício docente manifestam uma direção na dinâmica da profissão dos professores de Filosofia estudados. Evidenciou-se que eles aprendem com a experiência e que é preciso se deslocar do ensinar a filosofar para o aprender a filosofar juntamente com os alunos; da disciplina comum às situações privilegiadas para filosofar; do desgosto e da indiferença de alunos e professores ao gosto pelo ensino-aprendizagem de Filosofia; da imobilidade ou deficiência institucional ao crescimento pessoal e dos problemas educativos à busca incessante por soluções nos mais variados níveis

ASSUNTO(S)

filosofia perceptions educacao exercício docente teaching practice philosophy educação - filosofia sentidos

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