A feminização no mundo do trabalho: entre a emancipação e a precarização

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

A nossa dissertação apresenta as mais recentes tendências do trabalho feminino, em particular aquelas decorrentes do processo de reestruturação produtiva desencadeado nas últimas décadas do século XX, denominadas como a era da mundialização do capital. Desta forma, fizemos uma análise mais detalhada dos períodos 1980/90, tratando da presença da mulher trabalhadora no capitalismo recente, especialmente no período que se inicia da crise do taylorismo/fordismo, da implantação da reestruturação produtiva e da acumulação flexível. Procuramos apreender as tendências mais recentes do trabalho feminino, utilizando-nos substancialmente de pesquisas e dados empíricos sobre a feminização do trabalho, como por exemplo, os desvios salariais, a jornada de trabalho (trabalho em tempo integral ou parcial), o emprego temporário, o subemprego e o desemprego. Neste sentido, indicamos algumas experiências do capitalismo europeu e latino-americano, procurando apontar as suas principais tendências, com suas semelhanças e diferenças. Além de discorrermos de forma mais aprofundada sobre as especificidades do trabalho feminino no Brasil, tomando também como base as décadas de 80/90, que marcam fortemente a presença da reestruturação produtiva e conseqüentemente de mutações do mundo do trabalho. A idéia básica, que dá título ao nosso trabalho - A Feminização no Mundo do Trabalho: Entre a Emancipação e a Precarização - é a de entender se a crescente inserção da mulher no mundo do trabalho no capitalismo contemporâneo vem trazendo alguns elementos que favorecem/fortalecem o complexo processo de emancipação feminina, ou se esses mesmos elementos vêm (também) acarretando uma precarização diferenciada da força de trabalho afetando de maneira mais intensa a mulher trabalhadora

ASSUNTO(S)

trabalho feminino industria capitalista servico social mulheres trabalhadoras mulheres -- emprego mulheres --emprego

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