A fascia transversalis na etiopatogenia da hérnia inguinal

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Gastroenterologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-09

RESUMO

RACIONAL: A hérnia inguinal é a segunda afecção cirúrgica mais comum em nosso meio. Os fatores anatômicos, isoladamente, não são suficientes para explicar a ocorrência das hérnias inguinais. Estudos apontam alterações na proporção e quantidade de fibras colágenas no desenvolvimento da hérnia inguinal. A maior produção de colágeno tipo III em relação ao tipo I poderia justificar o adelgaçamento da fascia transversalis e sua fraqueza. OBJETIVO: Determinar as alterações quantitativas e qualitativas de colágeno na fascia transversalis de doentes com hérnia inguinal e compará-las com achados em cadáveres sem hérnia inguinal. MÉTODOS: Estudo prospectivo caso-controle com análise de biopsia de fascia transversalis de 27 doentes e 24 cadáveres. Utilizou-se a técnica de coloração de hematoxilina-eosina e picrosirius. RESULTADOS: A área percentual média de colágeno (tipo I + tipo III) e colágeno tipo I, nos dois grupos, não apresentou diferença estatística. A quantidade de colágeno tipo III foi maior nos doentes. Doentes classificados com Nyhus IIIa apresentaram maior quantidade de colágeno tipo III. CONCLUSÃO: Não há diferença significativa na quantidade de colágeno em fascia transversalis de doentes comparados com controles. Foi encontrado aumento na quantidade de colágeno tipo III nos doentes com hérnia e em maior quantidade nos doentes classificados como Nyhus IIIa.

ASSUNTO(S)

hérnia inguinal fascia colágeno

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