A exposição passiva ao fumo como fator de risco para o agravamento de dermatite atópica passiva ao fumo como fator passiva ao fumo como fator de risco para o agravamento de dermatite atópica em crianças de 2 a 12 anos de idade no Hospital Universitário de Brasília

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

A dermatite atópica é uma doença complexa, em que fatores genéticos e ambientais interagem. Estudos relacionando a gravidade da dermatite atópica com o fumo passivo são inéditos, enquanto estudos associando sensibilização a aeroalérgenos e/ou alérgenos alimentares e fumo passivo em pacientes com dermatite atópica são raros. O objetivo do presente estudo é avaliar se o fumo passivo é fator de risco para o agravamento da doença em portadores de DA e se o fumo passivo associa-se com os níveis de IgE total e é fator gerador de sensibilização a aeroalérgenos e/ou alérgenos alimentares nesses pacientes. O estudo avaliou 78 crianças com dermatite atópica, atendidas no Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário de Brasília, no período de novembro de 2005 a março de 2006, divididas em dois grupos: um primeiro grupo, composto por 36 pacientes com história de exposição passiva ao fumo, e um segundo grupo, com 42 pacientes sem história de exposição passiva ao fumo. Os pacientes expostos ao fumo ambiental foram avaliados por questionário e por medição da concentração de cotinina/creatinina urinária. Na população estudada, não se observou relação entre a presença de fumo passivo e a gravidade da dermatite atópica, seja pelo questionário (p=0,64), seja pela dosagem da cotinina/creatinina urinária (p=0,94). Não houve associação entre exposição passiva ao fumo e níveis de IgE sérica total (p=0,67). Não se constatou relação entre a presença de sensibilidade a aeroalérgenos ou alimentos e fumo passivo, definido por questionário (p=0,49) e (p=0,30), ou por cotinina/creatinina urinária (p=0,39) e (p=0,079), respectivamente. Contudo, utilizando-se os valores da cotinina/creatinina urinária como referência, detectou-se uma tendência maior à sensibilização alimentar em crianças expostas ao fumo passivo em comparação ao grupo não-exposto (p=0,079). Quando esses dados foram avaliados pela razão de chance (odds ratio), obteve-se um risco de sensibilização alimentar de 1,31 (IC 95%: 0,77-2,26) para os pacientes expostos a fumo ambiental.

ASSUNTO(S)

dermatologia immunoglobulin e. tabaco imunoglobulina e. nicotina dermatite atópica tobacco dermatitis, atopic nicotine

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