A experiência de trabalho e dos riscos entre os trabalhadores-migrantes nordestinos nos canaviais paulistas

AUTOR(ES)
FONTE

Saude soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-12

RESUMO

Resumo Todos os anos milhares de trabalhadores dos estados nordestinos se deslocam para os canaviais do estado de São Paulo para trabalhar nas usinas de cana-de-açúcar. Os que migram são jovens, com pouca escolaridade e oriundos de famílias camponesas. Dentre outras coisas, pesquisadores chamam atenção para os riscos a que tais trabalhadores estão sujeitos, riscos estes presentes nas condições de transporte, moradia e no ambiente de trabalho. A organização do trabalho está sempre focada no aumento da extração de mais valia, que tem resultado na degradação da força de trabalho, expressa nas várias formas de adoecimento e nas inúmeras mortes de trabalhadores-migrantes. Tencionando a noção de “risco” e relacionando-a aos processos de subjetivação, é nossa intenção, no espaço deste artigo, compreender os sentidos que os trabalhadores-migrantes atribuem aos riscos a que estão expostos durante a viagem e também nos locais de trabalho (os canaviais paulistas). Metodologicamente, lançamos mão de uma abordagem qualitativa. Os dados foram colhidos mediante entrevistas semiestruturadas realizadas com uma amostra de 12 trabalhadores-migrantes oriundos do município de Santa Cruz da Baixa Verde (PE), na microrregião do Pajeú, e também de municípios localizados na microrregião da Serra do Teixeira (PB), especialmente os circunvizinhos à cidade de Princesa Isabel (PB). Os dados permitem-nos afirmar a existência de uma relação intrínseca entre os riscos que se corre e a afirmação da identidade de gênero dos sujeitos investigados.

ASSUNTO(S)

agronegócio trabalhador migrante risco

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