A experiência de "consolação" nas Litterae Indipetae
AUTOR(ES)
Pacheco, Paulo Roberto de Andrada, Massimi, Marina
FONTE
Psicologia em Estudo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-06
RESUMO
Partindo da análise de um tipo de correspondência epistolar jesuítica - as Litterae Indipetae -, revelou-se um dinamismo de elaboração de experiência típico de um modus vivendi baseado no que comumente se vem designando sob o nome de "psicologia filosófica aristotélico-tomista". O presente artigo dedica-se justamente a este vivido particular descrito nessas cartas (com suas devidas implicações particulares). Além de dar voz aos indipetentes, buscou-se responder a uma pergunta: em que medida o topos "consolação" - tal como é utilizado no ambiente histórico-cultural-institucional da Companhia de Jesus, nos séculos XVI e XVII - pode interessar à psicologia moderna? Como resultado, percebeu-se que a elaboração da experiência de consolação, precisamente no espaço conceitual-gramatical acima descrito, parte da consideração de que o homem é uma unidade (corpo/alma, razão/fé, sensação/intelecto) e, vivendo ordenado (em si mesmo e no mundo que o cerca), pode experimentar a alegria e o prazer da realização, analogia do Ser Divino.
ASSUNTO(S)
experiência companhia de jesus litterae indipetae - correspondência epistolar jesuítica
Documentos Relacionados
- O conhecimento de si nas Litterae Indipetae
- Cidadania sexual sob suspeita: uma meditação sobre as fundações homonormativas e neo-liberais de uma cidadania de "consolação"
- Consolação a Márcia
- O ideal da consolação e a paixão pela morte
- A pesquisa nas classificações de enfermagem: a experiência brasileira