A experiência afro-americana numa perspectiva comparativa: a situação atual do debate sobre a escravidão nas Américas

AUTOR(ES)
FONTE

Afro-Ásia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012

RESUMO

Este ensaio reconsidera o tema das diferenças comparativas em sistemas escravistas no Novo Mundo. Apesar da rejeição a quaisquer diferenças comparativas de norte-americanos no último quarto de século, pesquisas recentes têm mostrado importantes variações nesses regimes. Essas variações dependem de diferenças entre os mercados de trabalho, nas estruturas demográficas e, sobretudo, nas atitudes face à alforria e à classe de pessoas de cor livres anteriores à emancipação. Apesar de todos os regimes escravistas de plantation terem muito em comum, houve diferenças na participação de escravos e de pessoas de cor livre em ocupações não agrícolas. Isso muitas vezes dependia da disponibilidade de mão-de-obra branca alternativa. Além disso, no século XIX, muitos dos regimes latinoamericanos aumentaram o ritmo das alforria e aprenderam a aceitar os de cor livres como parte fundamental de sua economia , mesmo ao adotar atitudes racistas em relação aos novos libertos. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos e alguns dos regimes de plantation do Caribe diminuíram o ritmo de alforria e criaram severas restrições à mobilidade espacial, social, geográfica e econômica a sua pequena classe livre de cor. As causas e consequências dessas diferenças são discutidas neste ensaio.

ASSUNTO(S)

afro-americanos escravidão agricultura de plantation mobilidade social mobilidade econômica

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