A existência ética e religiosa em Kierkegaard: continuidade ou ruptura?

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A presente pesquisa, fundamentada na dialética existencial de Kierkegaard, pretende abordar a existência ética e religiosa, avaliando criticamente a exigência religiosa e os limites da ética. Ao colocar a relação entre o ético e o religioso, Kierkegaard com o uso da pseudonímia apresenta concepções variadas. Em Temor e Tremor (1843) sob o pseudônimo Johannes de Silentio, destaca a ruptura entre o ético e o religioso, onde a história de Abraão (Gn. 22) comporta uma suspensão da ética; e sob o pseudônimo de Vigilius Haufniensis, na introdução ao Conceito de Angústia (1844), insere, em sua compreensão de ética, uma outra distinção: entre uma primeira ética, que compreende tanto a ética grega, como o pensamento especulativo de Hegel, e uma segunda ética, estabelecida sobre a mensagem cristã - o conceito de amor ao próximo, ordenado pelo mandamento divino, e princípio de vida ética. Esta segunda ética é descrita em uma obra veronímica intitulada As Obras do Amor. Em outras palavras, procurou-se esclarecer se havia uma total exclusão ou se poder-se-ia pensar numa conciliação advinda de alguma relação essencial, intrínseca entre a existência ética e religiosa.

ASSUNTO(S)

filosofia estádios da existência Ética kierkegaard, soren aabye, 1813-1855 religião

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