A exenteração pélvica no tratamento do câncer de reto estádio T4: experiência de 15 casos operados

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Gastroenterologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-12

RESUMO

RACIONAL: A exenteração pélvica tem sido a melhor opção terapêutica radical para o tratamento dos tumores de reto T4. No entanto, essa operação ainda permanece com mortalidade significante e alta morbidade. OBJETIVO: Relatar série de 15 casos de exenteração pélvica para tumores de reto T4, analisando a morbidade, mortalidade e sobrevida dos pacientes. MÉTODOS: Foram estudados 15 pacientes com câncer de reto T4 no Serviço de Cirurgia Geral - Oncocirurgia do Hospital do Servidor Publico Estadual de São Paulo, SP, submetidos a exenteração pélvica no período de 1998 e 2006. Sete eram do sexo masculino enquanto oito eram do sexo feminino, com média de idade de 65 anos. Todos apresentavam sintomas incapacitantes. As operações foram: exenteração infra-elevadora (n = 6), exenteração supra-elevadora (n = 4), exenteração posterior (n = 3) e exenteração posterior com cistectomia e ureterectomia parciais (n = 2). RESULTADOS: A média de tempo cirúrgico foi de 403 minutos (280-485). A média de sangramento foi de 1620 mL (300-4800). A mortalidade pós-operatória foi de 6,66% (n = 1). A morbidade pós-operatória foi de 53,3% (n = 8). Os exames histológicos evidenciaram que todas as ressecções foram R0. Envolvimento linfonodal foi observado em quatro pacientes (26,66 %) sendo que todos faleceram em decorrência da neoplasia. A sobrevida global em cinco anos foi de 35,7%. CONCLUSÃO: A exenteração pélvica ainda apresenta alta morbidade, no entanto permanece justificada, pois pode conferir maior controle do câncer de reto T4 em longo prazo.

ASSUNTO(S)

exenteração pélvica neoplasias retais

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