A estrutura de tamanho é uma boa medida de tendências futuras em populações de plantas? uma abordagem empírica com cinco espécies lenhosas de Cerrado

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Botanica Brasilica

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-09

RESUMO

As estruturas de tamanho de populações têm sido frequentemente usadas para inferir sobre a capacidade de regeneração de uma população, assumindo que as estruturas de tamanho com formato "J-invertido" representam populações estáveis. Nós apresentamos uma abordagem empírica desta questão com cinco espécies lenhosas de Cerrado. Usando dados de contagem de todas as plantas destas cinco espécies por um período de doze anos, nós analisamos a distribuição de tamanho dos indivíduos de duas maneiras: a) por meio de histogramas de frequência em classes de tamanho, e seu ajuste a uma curva exponencial negativa; b) calculando o coeficiente de Gini. Para verificar a existência de uma relação entre a estrutura de tamanho e as tendências futuras em número, consideramos a estrutura de tamanho no ano do primeiro censo. Foram analisadas as mudanças em número ao longo do tempo, por meio das taxas de crescimento populacionais e por análises de viabilidade de populações que fornece as taxas médias de crescimento das populações, sua variância e a probabilidade de extinção da população em um dado intervalo de tempo. Tanto as distribuições de frequência como o coeficiente de Gini não foram bons indicadores de tendências numéricas futuras das populações. Recomendamos que medidas de estrutura de tamanho não devem ser usadas como base para decisões de manejo sem que análises demográficas mais apropriadas sejam realizadas.

ASSUNTO(S)

análise de viabilidade populacional coeficiente de gini dinâmica populacional formato "j-invertido"

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