A esquistossomose mansoni no contexto da política de saúde brasileira
AUTOR(ES)
Tibiriçá, Sandra Helena Cerrato, Guimarães, Frederico Baêta, Teixeira, Maria Teresa Bustamente
FONTE
Ciência & Saúde Coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011
RESUMO
São muitos os fatores envolvidos na determinação da emergência e reemergência de doenças infecciosas. No caso da esquistossomose destacam-se os fatores biológicos como os relacionados ao habitat, às mutações e adaptações de microrganismos e hospedeiros, à resposta imunológica do hospedeiro e às adaptações bioecológicas de hospedeiros intermediários. Somam-se a esses, os não menos importantes fatores relacionados à gestão política, ocupação do ambiente e alocação de recursos financeiros. O Brasil reúne, hoje, importantes condições ecoepidemiológicas para a reemergência da esquistossomose e aumento da prevalência de algumas formas graves como mielorradiculopatia esquistossomótica, principalmente em áreas de baixa endemicidade. A expansão de suas fronteiras atinge os meios urbanos e rurais, destinados ao trabalho ou ao lazer, com comprometimento inclusive de setores de renda como o ecoturismo. Os avanços nas pesquisas acerca dos hospedeiros intermediário e definitivo do Schistosoma mansoni, para se transformarem em benefícios públicos, necessitam da sustentabilidade gerencial pública comprometida, interdisciplinar, fortalecida nas diferentes esferas de governo, vinculada ás sociedades civis tecnicamente capacitadas ao gerenciamento e comprometidas com as necessidades de saúde da população.
ASSUNTO(S)
esquistossomose controle das doenças transmissíveis saúde pública doenças infecciosas
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