A escolha de bromélias, como micro-habitat, por Scinax argyreornatus (Anura, Hylidae)

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Biology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-05

RESUMO

A associação dos anuros às bromeliáceas pode apresentar diferentes graus de interação, como: bromelículas eventuais, bromelículas obrigatórios e bromelígenas. Scinax argyreornatus apresenta uma associação frequente a essas plantas. Propõe-se, neste estudo, qualificar esse grau de associação, buscando identificar qual espécie de bromélia é mais ocupada, reconhecendo os fatores que interferem nessa escolha de ocupação. Analisou-se a Concentração de Dominância Relativa dos anuros por espécie de bromélia, sendo considerados como prováveis critérios de escolha: número, largura e comprimento das folhas, número de axilas foliares, volume de água acumulado, pH e umidade relativa, entre outros componentes organográficos, que foram submetidos à ANOVA e, sempre que observadas diferenças significativas, ao teste de Tukey. Avaliou-se também a escolha de ocupação pela constância de Bodenheimer. A matriz de correlação apontou a UR% como o fator responsável pela ocorrência do animal nas bromélias, exceto para Aechmea sp.; entretanto, esta foi a planta com maior Constância de ocupação, seguida por Quesnelia arvensis e Neoregelia johannis. Segundo a ANOVA, Aechmea sp. e Q. arvensis não apresentam diferenças entre si do ponto de vista organográfico, mas diferem de N. johannis. Foi possível inferir que a estrutura organográfica da planta e a UR% são as condições que interferem na escolha de ocupação das bromélias por S. argyreornatus, enquanto as outras características não demonstraram nenhuma correlação.

ASSUNTO(S)

anfíbios floresta atlântica bromélia interação ecológica quesnelia arvensis aechmea sp

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