A enterografia por ressonância magnética na doença celíaca pediátrica

AUTOR(ES)
FONTE

J. Pediatr. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-08

RESUMO

Resumo Objetivo: Avaliar se a enterografia por ressonância magnética (ERM) consegue comprovar/mostrar a extensão da doença em pacientes pediátricos com doença celíaca (DC) comprovada por biópsia, comparar com um grupo de controle e correlacionar os achados da ERM com o nível de anticorpo antiendomísio (EMA) indicador de dieta sem glúten. Métodos: Foram recrutados 31 pacientes pediátricos (idade média entre 11,7 ± 3,1 anos) com DC comprovada por biópsia e 40 pacientes pediátricos em um grupo de controle. As imagens da ERM dos pacientes com DC e no grupo de controle foram avaliadas por dois radiologistas pediátricos às cegas para o padrão da mucosa, presença de espessamento da parede, dilatação luminal do intestino delgado e achados extraintestinais. Os prontuários dos pacientes foram revisados para anotação de características clínicas e achados laboratoriais. A avaliação histopatológica das biópsias duodenais foi feita novamente. Resultados: A duração média da doença foi 5,6 ± 1,8 anos (faixa de 3-7,2 anos). Em 24 (77%) dos pacientes, os níveis EMA estavam elevados (média 119,2 ± 66,6 RU/mL). A ERM revelou um padrão de pregas normal em todos os pacientes; 10 (32%) dos pacientes apresentaram gânglios linfáticos mesentéricos aumentados. Conclusão: Apesar de a maioria dos pacientes ter níveis elevados de EMA, o que indica uma dieta pobre, a ERM não mostrou anomalia na mucosa associada à incapacidade de a ERM detectar alterações leves/precoces de DC nas crianças. Portanto, ela pode não ser útil no acompanhamento da DC pediátrica.

ASSUNTO(S)

doença celíaca enterografia por ressonância magnética pediatria

Documentos Relacionados