A endogamia explicaria a elevada prevalência de deficiências em populações do Nordeste brasileiro?
AUTOR(ES)
Santos, Silvana Cristina dos, Melo, Uirá Souto, Lopes, Simone Silva dos Santos, Weller, Mathias, Kok, Fernando
FONTE
Ciênc. saúde coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-04
RESUMO
Apesar da inexatidão conceitual e de métodos de aferição, a OMS estima que cerca de 10% da população mundial apresente alguma forma de deficiência. Com a finalidade de investigar a prevalência e a etiologia das deficiências e verificar se elas estariam associadas à endogamia, foi realizado um estudo epidemiológico transversal com uso do método do informante envolvendo cinco municípios do Estado do Rio Grande do Norte, no Nordeste brasileiro; nos quais foram estimadas frequências de casamentos consanguíneos que variam de 9 a 32%. A prevalência média estimada para deficiências nos cinco municípios amostrados foi de 4,53%, obtida por meio de entrevistas envolvendo 37,87% de uma população de 39.054 habitantes. Em média, 25% dos casais consanguíneos e 12% dos não consanguíneos apresentaram um ou mais filhos com alguma deficiência. A elevada prevalência de pessoas com deficiência no Nordeste brasileiro pode ter associação com a manutenção da tradição de casamentos consanguíneos nessas populações e parte dessas deficiências pode ser causada por doenças genéticas.
ASSUNTO(S)
deficiência epidemiologia nordeste brasileiro endogamia
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