A dor e o protagonismo da mulher na parturição
AUTOR(ES)
Pereira, Raquel da Rocha, Franco, Selma Cristina, Baldin, Nelma
FONTE
Revista Brasileira de Anestesiologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-06
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVO: Compreender pela teoria das representações sociais, as dimensões socioculturais da dor e seu impacto no protagonismo da mulher na parturição. MÉTODO: Para a investigação, utilizou-se a metodologia qualitativa, com o referencial teórico da fenomenologia e da teoria da representação social. Foram realizadas 45 entrevistas semiestruturadas com gestantes dos serviços público e privado de saúde de Joinville, SC, com no mínimo quatro consultas de pré-natal e que estavam no terceiro trimestre de gestação. RESULTADOS: Da análise de conteúdo das falas, emergiram três categorias empíricas: medos e preocupações, vivências e influência sociocultural, as quais possibilitaram construir três categorias interpretativas: modelo biomédico, desinformação e papel da mulher na decisão pela via de parto. Os achados relatados neste artigo evidenciam a dor como um dos elementos construtores das representações sociais feminina sobre a parturição. Observou-se que a dor influencia o comportamento da gestante a partir do medo e se torna a gênese de outros sentimentos aversivos e preocupações que envolvem o evento da parturição. CONCLUSÃO: Nesse contexto, a dor revela-se como um dos principais construtores das atuais representações sociais femininas sobre a parturição e contribui para a curva ascendente nos índices de cesárea no Brasil.
ASSUNTO(S)
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