A dimensão espacial e o lugar social da loucura: por uma cidade aberta
AUTOR(ES)
Paladino, Leticia; Amarante, Paulo Duarte de Carvalho
FONTE
Ciência & Saúde Coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
Resumo O processo de Reforma Psiquiátrica Brasileira (RPB) propõe o rompimento com o paradigma manicomial em diversas dimensões. Pensar nos espaços de cuidado e no direito à cidade constituem bandeiras importantes para tal. Dessa forma, construímos um arcabouço teórico-conceitual objetivando discutir e sistematizar a relação da arquitetura dos espaços de cuidado destinados à loucura e à produção de subjetividades e relações. Assim, a partir da arqueogenealogia, organizamos um diálogo entre conceitos e autores que abordem o espaço e a arquitetura como dispositivos de produção de subjetividades e relações, tais como, instituições totais e mortificação do eu (Erving Goffman) e síndrome espaço-comportamental (Mirian de Carvalho), e experiências como as de Maura Lopes Cançado e Lima Barreto. Objetivamos, ainda, discutir e desenhar, pelas lentes de campos diversos de saber, um ideal de cidade que nos ajude a enfrentar o paradigma manicomial e fortalecer o processo de RPB: a cidade aberta, aquela que inclui a diferença. Ao localizarmos a importância da discussão das arquiteturas, dos espaços e da cidade que construímos para o processo de RPB, propomos, como resultado deste artigo, construir e adicionar uma nova dimensão de análise de tal processo às já existentes: a dimensão espacial.
Documentos Relacionados
- (Des)Reterritorializando o espaço-tempo da loucura: uma genealogia espacial
- Mulheres, beneficência e loucura: uma história social com perspectiva de gênero
- Referências críticas na psicologia e novas histórias de loucura: psicologia sócio-histórica e loucura: uma reflexão
- A fabricação da loucura: contracultura e antipsiquiatria
- Narrativas e experiências acerca da loucura: uma reflexão de profissionais de comunicação