A designação camelos em caceres : os sentidos nas relações comerciais na fronteira Brasil/Bolivia

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2000

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo estudar a designação camelôs brasileiros e camelôs bolivianos na cidade de Cáceres. Primeiramente gostaria de chamar a atenção para a atividade da economia informal na cidade de Cáceres, mais especificamente a ligada aos comerciantes chamados camelôs. Observamos nesta cidade um fato curioso e muito interessante, pois além dos camelôs brasileiros também existem camelôs bolivianos comercializando lado a lado, aparentemente, sem nenhum conflito. Digo aparentemente já que por meio de entrevistas feitas com comerciantes formais, camelôs brasileiros e camelôs bolivianos, (que constituíram o corpus da pesquisa), encontrei elementos que me proporcionaram delimitar os recortes para as análises semântico-enunciativas. Estes recortes me permitiram discutir a questão da designação de camelôs brasileiros e camelôs bolivianos Na perspectiva da Semântica Histórica da Enunciação, Guimarães (1995), encontrei os conceitos teóricos e descritivos que me permitiram mostrar nas análises como estes conflitos se dão no acontecimento enunciativo. Pelas análises também aparece como a designação camelô funciona na enunciação a partir das diferentes relações, sejam elas sociais, econômicas ou jurídicas. E a partir deste estudo poder explicar a posição e o lugar social do camelô brasileiro e do camelô boliviano que trabalham numa economia informal, e que em alguns momentos são enunciados de uma posição de legalidade e em outros da posição de ilegalidade

ASSUNTO(S)

sujeito (filosofia) linguistica setor informal semantica

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