A depressão é um dos principais determinantes das anormalidades do sono em pacientes com epilepsia

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Neuro-Psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

RESUMO Introdução: O objetivo deste estudo foi identificar distúrbios do sono em pacientes com epilepsia e compará-los com uma população saudável. Também foram examinadas as características dos distúrbios do sono em pacientes com epilepsia para demonstrar o efeito e os tipos de convulsões no sono. Métodos: O estudo consistiu em 43 pacientes com epilepsia e 53 controles saudáveis pareados por idade e sexo. Os dados demográficos e clínicos de todos os participantes foram registrados. Todos os participantes do estudo receberam a Escala de Sonolência de Epworth, o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (Pittsburch Sleep QUality Index - PSQI), o Questionário do Grupo Internacional de Estudos das Pernas Inquietas, o Questionário de Berlim e o Inventário de Depressão de Beck. A entrevista usada para avaliar a insônia é baseada nos critérios do DSM-V. Resultados: Vinte e quatro pacientes (55,8%) são do sexo feminino e vinte e seis do grupo controle (49,1%) são do sexo feminino. A média de idade dos pacientes e do grupo controle é de 34,2±11,37 (16-71) e 34,6±11,28 (16-77), respectivamente. Pacientes com epilepsia sofrem mais de depressão do que os controles e esse resultado é estatisticamente significativo (p<0,0001). Não houve diferença estatisticamente significativa entre os parâmetros do sono dos pacientes e dos controles que apresentaram escores de Beck normais (p>0,05). Pacientes com depressão apresentam resultados piores no escore total do PSQI de Berlim, o que é estatisticamente significativo (p=0,002). As convulsões noturnas, o tipo de convulsão e o tratamento medicamentoso não afetaram o sono (p>0,05). Conclusão: Determinamos que a depressão, e não a epilepsia, afeta negativamente o sono dos pacientes, sugerindo que todos os pacientes devem ser questionados sobre seu humor e queixas de sono.

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