A debilidade mental como solução estabilizadora de uma psicose
AUTOR(ES)
Aline Cristina Rosa
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011
RESUMO
A debilidade mental, desde os primórdios de sua teorização, no campo da psiquiatria e da psicologia, esteve vinculada de forma inalterável à fraqueza, à insuficiência, ao déficit das faculdades mentais, principalmente das funções cognitivas. Sua causa, desde início esteve referida ao orgânico, e o diagnóstico, a partir do surgimento da psicometria, passou a se pautar nos testes de inteligência, sob o imperativo de uma psicologia diferencial. A debilidade mental permanece hoje, solidária - no campo da psiquiatria, da psicologia e da pedagogia- do quociente intelectual. A psicanálise, por sua vez, entende a debilidade mental não como uma patologia da inteligência, mas como uma posição subjetiva adotada pelo sujeito do inconsciente. Na concepção psicanalítica, a debilidade mental refere-se a um sujeito submetido à demanda do Outro, que não se apropria de seus dizeres e tampouco de seu desejo. Por meio da construção de um caso clínico tentamos elucidar a estabilização de uma psicose por intermédio desse posicionamento subjetivo do sujeito: a debilidade que inicialmente se apresenta como sintoma a ser tratado, vem a se configurar como o próprio tratamento do gozo que invadia a paciente. A conduta do analista, por conseguinte, se reorienta a partir da solução que o sujeito constrói frente aos efeitos da psicose.
ASSUNTO(S)
psicologia teses. psicoses teses. psicanálise teses. deficiência mental teses.
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/VCSA-8J9R7YDocumentos Relacionados
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