A cruzada modernixante e os infiÃis no Recife, 1922-1926: Higienismo, vadiagem e repressÃo policial

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

Entre 1922 e 1926, o Governo do Estado de Pernambuco implementou duas polÃticas paralelas, ambas caracterizadas por um viÃs antipopular e pautadas por diretrizes que visavam a enquadrar em moldes tidos por modernos o comportamento das classes populares. De um lado, a polÃtica de saÃde, higiene e assistÃncia promovida por Amaury de Medeiros; de outro, uma campanha de perseguiÃÃo aos vadios, incluindo jogadores e mendigos e Ãbrios da cidade do Recife, pelas instituiÃÃes policiais. A imprensa local reverberava e incentivava as duas linhas de aÃÃo, identificando com um vocabulÃrio peculiar os alvos da modernizaÃÃo e do enquadramento. Estas polÃticas pÃblicas nÃo constituÃram apanÃgio do estado de Pernambuco, uma vez que guardam estreitas semelhanÃas com outras iniciativas observadas em algumas cidades brasileiras nas dÃcadas republicanas anteriores. Do mesmo modo, os aspectos polÃticos, econÃmicos e culturais, em suma, sociais que associamos a tais polÃticas nÃo se reduzem ao Ãmbito local, mas, apesar das condicionantes especÃficas que apontamos, como a situaÃÃo polÃtica, vinculam-se a elementos estruturais e conjunturais da Primeira RepÃblica, tais como o neopatrimonialismo e as criminalizaÃÃo e politizaÃÃo das contravenÃÃes relacionadas à atuaÃÃo de organizaÃÃes de classe, especificamente as organizaÃÃes operÃrias. E, ainda, as polÃticas implementadas por Amaury de Medeiros harmonizavam-se com esta visÃo geral das "classes perigosas", amplificada na tensÃo polÃtico-social dos anos 1920, e com os ideais de salvaÃÃo pela higiene, campanha originada no Centro-Sul em 1916

ASSUNTO(S)

first republic vadiagem higienismo wandering repressÃo policial higienism police repression primeira repÃblica historia do brasil recife recife

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