A critica a medicalização da aprendizagem na produção academica nacional / A critical look at the national production regarding medicalization of learning

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A idéia de que dificuldades de aprendizagem na escola, entre crianças sem nenhuma deficiência evidente, são causadas por problemas neurológicos é cada vez mais aceita no Brasil. Fala-se de uma doença que, apesar de constituir objeto de numerosas pesquisas, até hoje não conseguiu ser evidenciada. Apesar da ausência de comprovação, um número crescente de crianças vem sendo diagnosticadas como portadoras de transtorno por déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e de dislexia. Trata-se de um processo de medicalização da aprendizagem de crianças em idade escolar, processo em que, dos inúmeros elementos constituintes do processo de aprendizagem, são objeto de reflexão exclusivamente aqueles de base biológica. Em consequência disso, muitos alunos são tratados com drogas psicotrópicas, como a Ritalina®, que causam dependência química e perda severa do apetite implicando em retardo do crescimento, entre outros efeitos de extrema gravidade, alguns fatais. A pesquisa aqui relatada realizou uma revisão bibliográfica da produção acadêmica nacional a fim de avaliar a penetração do tema ‘medicalização da aprendizagem’ entre pesquisadores brasileiros das áreas de educação, medicina e psicologia. O levantamento foi feito a partir do Banco de Teses da CAPES e o universo de dissertações e teses analisadas permitiu apreender que o conceito de medicalização vem sendo usado inadequadamente por alguns pesquisadores; e que aqueles que o usam com propriedade, apesar de poucos, concordam quanto à falibilidade dos referidos diagnósticos, fundamentando suas reflexões sobre os problemas de aprendizagem em elementos de base histórica e social.

ASSUNTO(S)

learning process dificuldade de aprendizagem tdah aprendizagem hiperatividade learning disorders

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