A crise financeira de 2008 : uma interpretação teórica heterodoxa / The 2008 financial crisis : a heterodox theoretical interpretation

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/02/2012

RESUMO

A crise econômica de 2008 pode ser analisada pelo arcabouço das teorias keynesianas, em especial a partir das interpretações em torno da teoria da preferência pela liquidez. Esta foi elaborada primeiramente na Teoria Geral de Keynes, mas alcançou interpretações muito diversas nas obras de Kaldor, Hicks, Davidson e Minsky. As idéias expostas por estes autores são capazes de fornecer algumas explicações sobre as escolhas de ativos, em especial os relacionados aos mercados financeiros, e analisar os impactos dinâmicos das decisões de financiamento e alocação do capital. Entretanto, algumas inovações financeiras, como a securitização e os derivativos, que tiveram uma participação fundamental na constituição da crise, não são, de forma geral, exploradas por estes autores. Desta forma, o presente trabalho se propõe a explorar a teoria e as interpretações supracitadas, a fim de construir uma analise teórica da crise de 2008, abarcando as contribuições das inovações financeiras mencionadas. O contexto histórico em torno da crise de 2008, analisado pelo viés teórico keynesiano, é capaz de explicar como esta tomou a forma de uma das mais severas crises da história do capitalismo contemporâneo. Ao se iniciar como uma crise de crédito convencional e aos poucos tomar a forma de uma crise de liquidez e solvência, destaca-se o papel crucial da securitização de créditos e dos derivativos financeiros neste processo, alterando as escolhas de portfólio, as decisões de financiamento e a dinâmica das interações entre os balanços das diversas instituições financeiras da economia norte-americana e mundial.

ASSUNTO(S)

economia keynesiana mercado financeiro crise econômica keynesian economics financial markets economic crisis

Documentos Relacionados