A construção social - discursiva de disposições artísticas :estudo a partir de alunos e alunas de um ateliê de pintura / A construção social - discursiva de disposições artísticas :estudo a partir de alunos e alunas de um ateliê de pintura / A construção social - discursiva de disposições artísticas :estudo a partir de alunos e alunas de um ateliê de pintura / The social/discursive construction of artistic inclinations: a study with students of a painting atelier. Blumenau / The social/discursive construction of artistic inclinations: a study with students of a painting atelier. Blumenau / The social/discursive construction of artistic inclinations: a study with students of a painting atelier. Blumenau

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/11/2010

RESUMO

O que predispõe algumas pessoas a procurarem um ateliê livre de artes, em especial, um ateliê de pintura? O que as motiva a investirem tempo e esforços numa prática aparentemente não rentável? Como um ateliê, uma instituição educativa, se integra aos interesses e expectativas das pessoas que o procuram? Para responder a essas questões, esta pesquisa, desenvolvida inicialmente na linha Educação, Cultura e Poder e concluída na linha Discursivo e Práticas Educativas, ambas do Mestrado em Educação da Universidade Regional de Blumenau (FURB), propôs investigar os sentidos que levam pessoas à prática pictórica em um ateliê livre de pintura. Justifica-se essa investigação pela oportunidade de compreender as estratégias de educação não-formal embutidas nas escolhas realizadas por aqueles que optam por frequentar tal instituição. Adotou-se o pressuposto de que o ingresso nesse ambiente relaciona-se a dois sentidos básicos: uma eventual profissionalização artística e a ocupação do tempo na forma de lazer, terapia e socialização, o que desloca sentidos do campo discursivo da arte para a saúde, entre outros. Os sujeitos investigados são alunos da Fundação Cultural de Blumenau (FCB), espaço que oferece várias atividades educativas, tais como pintura, desenho, música, danças, yoga, tecelagem, kung-fu, tai-chi-chuan, entre outras, na modalidade de oficinas. Para compreender as opções que conduzem os sujeitos ao usufruto dos mecanismos de formação proporcionados pela já mencionada instituição, aplicou-se um questionário, com 24 perguntas, das quais 22 eram fechadas e 2 abertas, a 42 alunos e alunas, sendo que 31 o devolveram preenchido. A análise desses questionários possibilitou traçar o perfil socioeconômico e cultural desses alunos e alunas, por meio de seus capitais e tempo de atividade artística no estabelecimento cultural enfocado, bem como selecionar, entre eles, aqueles que despontam como os sinalizadores dos capitais que conduziram o andamento desta pesquisa. Assim, caracterizada como de abordagem qualitativa, esta pesquisa teve como sujeitos 1 aluno e 3 alunas da FCB e, para análise dos dados, mobilizou, em primeiro lugar, o aporte teórico desenvolvido pela Sociologia da Educação com interface na Análise do Discurso e finalizada na linha de Discurso e Práticas Educativas. A análise apontou que as famílias se mobilizam em torno das aulas de pintura, utilizando a mesma como estratégia de bom relacionamento e engajamento entre os próprios familiares. Observaram-se, nos discursos dos 4 sujeitos, situações de proximidade e distanciamento. As histórias modeladas por cada um deles e reveladas neste trabalho de pesquisa apresentam implicações na construção marcadas por um conjunto de características, entre as quais se podem ressaltar as heranças, as lembranças, os deslizes, as maneiras de agir e de entender, determinados deslocamentos, estratégias, preferências, enfim, inúmeros sentidos se encontram em jogo na construção das histórias que envolvem tal trabalho

ASSUNTO(S)

educacao disposições artísticas educação não-formal ateliê livre pintura sentidos

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