A construção da arqumentação na língua brasileira de sinais: divergência e convergência com a língua portuguesa
AUTOR(ES)
Wilma Pastor de Andrade Sousa
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
Com esta pesquisa, nosso objetivo geral é explicitar como se processa a construção da argumentação na língua brasileira de sinais (LIBRAS), baseada em um corpus constituído por 12 filmagens em vídeo, das quais selecionamos quatro episódios para análise. Deles participaram 10 sujeitos surdos, crianças e adolescentes, regularmente matriculados nas séries iniciais do ensino fundamental, em uma escola da rede pública estadual, na cidade de Recife, PE, com idades entre 04 e 14 anos e um tempo médio de cinco anos de aquisição da LIBRAS. Partimos, então, das hipóteses de que a argumentação na LIBRAS se dá em consonância com a aquisição de outros movimentos discursivos e se constrói mediante estratégias também baseadas na linguagem não verbal, com ênfase na proxêmica e na cinésica. O respaldo teórico para nossa investigação combina propostas da psicologia cognitiva e da linguística interacional, uma vez que ambas privilegiam aspectos socio-históricos e dialógicos no trato da linguagem. A análise apontou para o fato de que a argumentação na LIBRAS surge em consonância a outros movimentos discursivos de retomada e deslocamento atividade argumentativa frequentemente marcada, por excelência, pelo movimento da proxêmica, além das alterações na velocidade do movimento, da amplitude na expressão corporal e facial e da tensão na mão, empregados pelos falantes da LIBRAS como estratégias próprias dessa língua durante a argumentação, em razão da sua natureza espaçovisual. Os resultados demonstram que argumentação emerge na LIBRAS, tal como ocorre nas línguas orais.
ASSUNTO(S)
linguagem não verbal libras deafness linguistica discursive movements movimentos discursivos argumentation libras nonverbal language surdez argumentação
ACESSO AO ARTIGO
http://bdtd.biblioteca.ufpb.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=735Documentos Relacionados
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