A comunicação médico-paciente na percepção de mulheres com nódulo mamário e indicação de biópsia

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Saude Mater. Infant.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-09

RESUMO

Objetivos: compreender como a comunicação com mastologistas é percebida e interpretada no diagnóstico de nódulo mamário com indicação de biópsia. Métodos: estudo qualitativo, com abordagem hermenêutica e crítica, efetuado em serviço de referência, em Recife, PE. Foram realizadas entrevistas semiestruturada com 16 mulheres entre 35-63 anos de idade. Formaram-se dois grupos de mulheres (Grupo 1 com e Grupo 2 sem hipótese diagnóstica de câncer). Resultados: nenhuma mulher relatou interesse do médico por sua percepção da doença. A relação com mastologistas foi satisfatória para o Grupo 1, sobretudo, pela sinceridade e atitude solidária ao facilitar o acesso a consultas e exames. No Grupo2 predominou a percepção de falta de reciprocidade. A comunicação médico-paciente sucedeu, principalmente, enquanto era necessária ao profissional, para apreender demandas reconhecidas cientificamente e fornecer informações, sendo mais demorada e esclarecedora com o Grupo 1. A banalização do nódulo benigno pelo médico resultou numa enorme insatisfação das mulheres do Grupo 2 quanto às informações obtidas, em particular, na definição do diagnóstico e conduta. Em geral, desconsiderou-se direito da paciente de opinar sobre suas conveniências. Conclusões: a comunicação médico-paciente teve caráter informativo e paternalista, com maior atenção dedicada às mulheres com suspeita de câncer. Nenhuma delas, ainda quando muito insatisfeitas, visaram de fato um projeto terapêutico individual. Dialogar é tarefa difícil para médicos e pacientes.

ASSUNTO(S)

mama neoplasias da mama comunicação em saúde assistência integral à saúde

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