A competitividade brasileira no mercado internacional de soja

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

A entrada do Brasil, nos anos 70, e da Argentina, na dÃcada posterior, modificou o mercado mundial de soja, que se caracterizava por um quase monopÃlio, e passou para um estÃgio no qual estes paÃses tornaram-se importantes concorrentes dos Estados Unidos. Em 2003, o Brasil passou a ser o maior exportador mundial de soja e derivados. As exportaÃÃes do complexo soja representam, desde a dÃcada de 90, a principal fonte de divisas do paÃs: cerca de 30% das exportaÃÃes agrÃcolas, correspondentes a 10% do valor total de suas exportaÃÃes. NÃo obstante haver perspectivas de expansÃo do mercado mundial, com aumento da participaÃÃo do Leste AsiÃtico, principalmente da China, hà vÃrias polÃmicas, ligadas ao uso da soja transgÃnica, Ãs disputas comerciais no Ãmbito da OMC, em relaÃÃo à proteÃÃo agrÃcola, e aos efeitos da implementaÃÃo da ALCA para os trÃs maiores exportadores e participantes da mesma. No perÃodo mais recente, destacam-se as Ãltimas duas leis agrÃcolas dos EUA, que aumentaram os subsÃdios a seus produtores de soja, e a adoÃÃo, pelo Brasil e Argentina, em 1999 e 2002, respectivamente, de regimes de cÃmbio flutuante, ocasionando desvalorizaÃÃo de suas moedas. O mercado internacional de soja à analisado, determinando-se os principais fatores de competitividade dos paÃses exportadores, as polÃticas principais e as perspectivas. A demanda por exportaÃÃes brasileiras de soja à estimada, levando-se em consideraÃÃo os mercados europeu e chinÃs. Em seguida, analisam-se os efeitos das mudanÃas polÃticas recentes, atravÃs de um modelo de equilÃbrio geral computÃvel. Por fim, estima-se, com uso de modelo de sÃries temporais, a inter-relaÃÃo das exportaÃÃes de Brasil, Argentina e EUA, para obter o grau de influÃncia de cada um sobre os demais. As conclusÃes indicam que os fatores elementares da competitividade (custos e cÃmbio) colocam Brasil e Argentina em vantagem comparativa frente aos EUA, apesar de problemas de infra-estrutura diminuÃrem um pouco a competitividade brasileira; que a demanda por exportaÃÃes de grÃo e farelo de soja do Brasil depende fortemente do consumo de carnes suÃnas e de aves na Europa e na China; que as desvalorizaÃÃes das moedas do Brasil e da Argentina mais que compensaram o aumento dos subsÃdios americanos a seus produtores de soja, sendo o Brasil o maior beneficiÃrio dessas mudanÃas; que as exportaÃÃes do Brasil e dos EUA sÃo mais afetadas por fatores internos e pela polÃtica adotada, em contraste com a Argentina que sofre influÃncias das exportaÃÃes de seus concorrentes, e em Ãltima anÃlise, das polÃticas adotadas pelo Brasil e pelos Estados Unidos; que a inter-relaÃÃo das exportaÃÃes de derivados de Brasil, Argentina e EUA tÃm pequeno impacto nas suas exportaÃÃes frente Ãs polÃticas dos importadores principais; que a ALCA, em princÃpio, nÃo deve ter maior influÃncia sobre as exportaÃÃes de soja; que, cada vez mais, vem ocorrendo menos discriminaÃÃo em relaÃÃo à soja transgÃnica. Para o Brasil, de modo particular, a expansÃo do mercado apresenta-se promissora, uma vez que à o Ãnico exportador com possibilidades de expansÃo da produÃÃo em larga escala, apresenta custos competitivos e, se melhorar a infra- estrutura e adotar polÃticas sintonizadas com a dos outros paÃses, deve-se apresentar mais competitivo que seus competidores diretos, a Argentina e os Estados Unidos

ASSUNTO(S)

mudanÃas polÃticas recentes interrelaÃÃo das exportaÃÃes competitivity factors brazilian soybean exports fatores competitivos mercado internacional de soja interrelation of soybeans exports recent political changes exportaÃÃes brasileiras soybeans international market economia

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