A comparative study of the image of the "indian" in Brazil and the United States / Penas de papel : um estudo comparativo da imagem indigena no Brasil e nos EUA

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

O projeto tem como proposta estudar a imagem e a construção da identidade de nativos norte-americanos e indígenas brasileiros na cultura popular e dominante. O povo indígena tem sido analisado sob diferentes olhares, tais como o olhar Antropológico, da mídia, da arte, bem como de projetos governamentais, todos eles documentando suas respectivas imagens. Este trabalho parte da compreensão de que tais imagens refletem um. É importante lembrar que as primeiras ilustrações seriam representadas sob a forma de xilogravuras. O processo é melhor observado no trabalho Grandes Viagens, de Theordore DeBry, embora, continuamente, no período épico dos primeiros pintores etnográficos, gravuras, pinturas e litografias tenham sido usadas. É claro que, mais tarde, as influências da visibilidade das pinturas não podem ser desprezadas, uma vez que tornaram um pouco mais acessíveis à massa, através de cópias impressas, reproduções, fotografias e acervos em museus contemporâneos. Nos Estados Unidos o ?Índio mau? era associado com o guerreiro com machado ou o rebelde selvagem do oeste. No Brasil é possível que os Munduruku fossem representados neste sentido. Pessoa descendente de branco e índio. Pessoa descendente de negro e índio. Palavra originalmente usada no Brasil ( por cientistas europeus) referindo-se à pessoa de sangue indígena puro que torna-se ?civilizada ou pacificada?. Porém, na definição contemporânea, a idéia de sangue puro não aparece sempre explícita. Esses conceitos serão estudados mais detalhadamente e não apenas como categorias simplificadoras do bom ou mau selvagem. Elas deverão ser definidas por região, país e período. Cada termo, embora genérico, tradicionalmente tem sido examinado como um conceito europeu em geral e não em seus detalhes específicos. Por exemplo, o mau selvagem não é apenas o incivilizado ou contrário ao progresso. Esse aspecto será definido por uma série de características, em contextos diferentes, que envolvam períodos de tempo e espaço, que continuam agindo para se definir a ?indinidade?. Os conceitos bom e mau selvagem, canibal e caboclo, mameluco e cafuzo precedem este projeto. Consideramos, também, que a discussão desses termos no passado foram um tanto superficiais, no sentido de que a discussão tratou o imaginário e a iconografia como imutáveis. imaginário público coletivo do ?Índio? presente em cada país. Da mesma forma, acredita-se que, devido à sua história, a identidade do nativo americano foi desumanizada e, de um modo geral, reduzida a uma imagem estigmatizada do ?Índio?. Suas influências estão enraizadas na história da colonização tanto na forma escrita, quanto em desenhos, pinturas e fotografias . A intenção é demonstrar que o "índio" existe como um conceito do imaginário social que desumaniza, que reduz os povos indígenas a objetos comercializáveis ou destinados à diversão. Assim o "índio" será definido como uma construção da cultura da sociedade dominante compreendendo algumas das seguintes características: a) o selvagem bom (natural, romântico ou ecologista); b) o mau selvagem (guerreiro, canibal, caçador de cabeças, guerreiro com machado , ?escalpador? ou caçador de escalpo que resiste à ?Manifestação do Destino?; c) o objeto do ?voyeur? e o outro; d) a vítima e a raça desaparecendo; e) o mito original; f) o índio ?real?; g) o ?halfbreed? ou o ?mameluco? , o ?cafuzo? e o ?caboclo? no Brasil; h) o extraterrestre; i) o índio aculturado ou pacificado; j) uma masculinidade genérica (cujo foco é o indígena masculino) e a desmasculinização desse ?índio? em relação ao ?homem branco?. O conceito índio não é uma invenção estática na cultura dominante e popular e está sempre se transformando e adicionando elementos. Tenta-se estudar aqui esses elementos e suas adaptações, no passado e no presente. Nesta pesquisa, pretende-se discutir a criação do conceito do ?Índio? na sociedade dominante, em relação à fotografia, à pintura e ao desenho que resultam em tratamento desigual às pessoas indígenas, tanto em termos políticos quanto como identidade individual e coletiva. O objetivo é desmontar e comparar a imaginação dominante e a imagem visual do "índio" no Brasil e nos Estados Unidos

ASSUNTO(S)

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