A cidade, um foco de diversidade agrícola no Rio Negro (Amazonas, Brasil)?
AUTOR(ES)
Emperaire, Laure, Eloy, Ludivine
FONTE
Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-08
RESUMO
As regiões do Médio e Alto Rio Negro, apesar de serem isoladas da malha de comunicação terrestre e das frentes de colonização, caracterizam-se por uma articulação cada vez mais forte entre a área florestal, a das comunidades, e a urbana, ou seja, as pequenas cidades ribeirinhas. Esta complementaridade, temporária ou definitiva, se traduz por uma expansão da agricultura periurbana. Propomos uma abordagem comparativa da diversidade agrícola entre o urbano e o florestal. Analisamos as relações entre formas de manejo dos espaços cultivados (superfícies, ciclo de uso e práticas), plantas cultivadas e redes sociais envolvidas no acesso aos recursos fitogenéticos. A análise mostra uma recomposição dos sistemas agrícolas com a permanência de uma alta diversidade agrícola, porém marcada por uma maior vulnerabilidade do sistema em decorrência da diminuição do tempo de pousio e da diminuição da força de trabalho disponível. No contexto urbano, as estratégias tradicionais de manejo dos recursos agrícolas se combinam a um outro objetivo, o do acesso à terra. A análise aponta para a necessidade de uma reflexão sistémica sobre as possíveis formas de conservação deste patrimônio biocultural.
ASSUNTO(S)
amazônia agrobiodiversidade dinâmicas rurais urbanas etnobotânica
Documentos Relacionados
- Comida de gente: preferências e tabus alimentares entre os ribeirinhos do Médio Rio Negro (Amazonas, Brasil)
- Etnobotânica de plantas antimaláricas no médio Rio Negro, Amazonas, Brasil
- Ocorrência de ovos e larvas de Characiformes migradores no Rio Negro, Amazonas, Brasil
- Vulnerabilidade à Malaria no município de Santa Isabel do Rio Negro, Amazonas, Brasil.
- Enchentes e vazantes do Rio Negro Medidas no porto de Manaus, Amazonas, Brasil