A CENTRALIDADE DA PARANGABA COMO PRODUTO DA FRAGMENTAÃÃO DE FORTALEZA (CE)

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

A formaÃÃo da centralidade de Parangaba mediante a fragmentaÃÃo de Fortaleza à o objeto central da presente dissertaÃÃo. A extensÃo da mancha urbana ocorreu de forma descontÃnua e fragmentada. A ausÃncia de infra-estrutura, equipamentos e serviÃos na periferia e a concentraÃÃo deles no centro resultaram num forte adensamento e num sistema viÃrio congestionado, dificultando maiores possibilidades de consumo. A produÃÃo de novas centralidades aparece como alternativa. Nessa produÃÃo, tem papel fundamental o Poder pÃblico, com a implantaÃÃo de uma legislaÃÃo urbana que favorece a descentralizaÃÃo. No sudoeste da Cidade, emerge uma centralidade no bairro da Parangaba. O bairro, importante nà viÃrio, tem na acessibilidade o elemento mais forte da sua centralidade. A implantaÃÃo do Sistema Integrado de Transporte e dos terminais de Ãnibus o transformou num ponto de convergÃncia e dispersÃo de linhas de Ãnibus. Outro elemento importante à a presenÃa do comÃrcio e dos serviÃos. O comÃrcio, tanto varejista como atacadista, se encontra disperso pelas principais avenidas, embora se identifique maior quantidade de estabelecimentos no centro do bairro. Dentre os serviÃos, destacam-se os de educaÃÃo e saÃde. A anÃlise dos equipamentos de saÃde revelou que a atraÃÃo deles extrapola os limites de Fortaleza. A constituiÃÃo de uma centralidade tem impacto direto na moradia, pois valoriza o solo, ocasionando fragmentaÃÃo e segregaÃÃo. Assistimos nos Ãltimos anos, com a chegada de condomÃnios verticais, ao crescimento da favelizaÃÃo, à diversificaÃÃo do conteÃdo social e à segregaÃÃo. A anÃlise do movimento da centralidade permitiu o entendimento das condiÃÃes que produziram uma cidade monocÃntrica atà a dÃcada de 1970 e, nos decÃnios seguintes, uma forma policÃntrica. Em menor proporÃÃo, esse movimento foi utilizado para compreender os conflitos no entorno do Terminal de Parangaba. A pesquisa revelou, ainda, que a produÃÃo desses novos pontos de acumulaÃÃo e de atraÃÃo de fluxos, definidos como centralidade, surgem como alternativa à reproduÃÃo do capital, pois permitem o consumo de novos signos urbanos.

ASSUNTO(S)

parangaba geociencias centralidade fragmentaÃÃo

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