A carta reavida: o lugar do analista e a prática em cuidados paliativos
AUTOR(ES)
Moraes, Luisa Freire de; Darriba, Vinicius Anciães
FONTE
Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
O artigo tem como objetivo refletir sobre o lugar que o analista pode vir a ocupar nos casos de pacientes em cuidados de fim de vida no hospital. A possibilidade de morte iminente, própria dessa clínica, encarna de forma fatídica o encontro com o real como impossível, mote da psicanálise em qualquer circunstância. A partir do relato de caso de uma paciente, acompanhada apenas durante seu último dia de vida, ressaltamos os efeitos possibilitados por uma escuta analítica, na medida em que se deu lugar para as angústias e desejos dos sujeitos envolvidos, e concluímos sobre a importância dessa escuta Outra, em relação à oferecida pela equipe médica. Ao abordarmos o tema dos cuidados paliativos, sublinhamos, por um lado, as dificuldades dos profissionais em lidar com a morte da paciente, e, por outro, problematizamos os impasses colocados pela falta de integralização dessa prática ainda hoje.
Documentos Relacionados
- O lugar do perito e o lugar do analista na abordagem do louco infrator
- Cuidados paliativos na prática médica: contexto bioético
- Manifesto pelos cuidados paliativos na graduação em medicina: estudo dirigido da Carta de Praga
- A comunicação com o paciente em cuidados paliativos: valorizando a alegria e o otimismo
- O amor e o ódio na contratransferência: considerações sobre o lugar do analista em casos de difícil acesso