A análise da freqüência cardíaca diferencia crises dialépticas parciais complexas de auras e crises não epilépticas
AUTOR(ES)
Oliveira, Gisele R. de, Gondim, Francisco de A.A., Hogan, R. Edward, Rola, Francisco H.
FONTE
Arquivos de Neuro-Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-09
RESUMO
A distinção entre eventos não epilépticos de epilépticos é difícil mesmo para neurologistas experientes. Analisamos 59 eventos dialéticos de 27 pacientes internados para monitorização por video-EEG para checar se a análise da frequência cardíaca (FC) poderia auxiliar na diferenciação de crises dialépticas parciais complexas de crises dialépticas parciais simples e eventos dialépticos não epilépticos. A freqüência cardíaca basal estava aumentada nos pacientes com crises parciais simples em comparação com o período basal dos grupos parcial complexa e não epiléptico (p<0,05). Houve aumento da freqüência cardíaca em cada crise dialéptica parcial complexa (100% dos eventos, p<0,05), mas a FC retornou aos níveis basais na fase pós-ictal. A FC ictal não foi alterada nos grupos de crises não epiléticas e nos pacientes com crises parciais simples. Nossos achados sugerem que a taquicardia ictal com mediação central é característica de crises parciais complexas dialépticas (tanto taquicardia quanto bradicardia têm sido relatados durante crises temporais parciais complexas). Tal achado poderá ser utilizado como critério para diferenciar crises dialépticas parciais complexas de crises dialépticas parciais simples e eventos dialépticos não epilépticos.
ASSUNTO(S)
frequência cardíaca crises dialépticas epilepsia do lobo temporal auras epilépticas
Documentos Relacionados
- Alterações da frequência cardíaca induzidas pelo movimento em crises epilépticas e não-epilépticas
- Distúrbios de atenção em pacientes com crises parciais complexas
- Crises não-epilépticas: clínica e terapêutica
- Imitadores da epilepsia: as crises não-epilépticas fisiológicas
- Avaliacao cardiaca em pacientes com crises epilepticas: o valor da ressonancia magnetica cardiaca