Potencial larvicidade extratos de plantas regionais no controle de larvas deAedesaegypti
AUTOR(ES)
Viviane Ferreira de Medeiros
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
A Dengue, dentre as doenças virais de transmissão vetorial, é a que mais causa impacto na morbidade e mortalidade da população mundial. O surgimento de resistência aos inseticidas tem causado dificuldades no controle do inseto vetor (Aedes aegypti) e estimulado à busca de vegetais com ação larvicida. A biodiversidade da caatinga é pobremente conhecida e o seu potencial de uso menos ainda. Algumas plantas desse bioma são comercializadas em feiras livres do Nordeste do Brasil, com base em suas propriedades fitoterápicas. Os vegetais usados neste estudo foram selecionados por meio deumquestionárioaplicado entrevendedoresdeervasepopularesdaregiãodoSeridó do Rio Grande do Norte; ovos de culicídeos foram adquiridos com armadilhas de postura, e colocados em recipiente com água para eclosão das larvas. Trinta larvas foram usadas em cada grupo (um grupo controle e cinco grupos experimentais), com quatro repetições. Os vegetais foram submetidos aos processos de decocção, infusão e maceração na concentração padrão de 200g do vegetal de estudo em 1l de H2O e analisados após , 1, 2, 4, 8, 12, 24 e 48 horas para verificação da dose letal média (LD50) dos grupos com trinta larvas. A LD50 foi analisada em diferentes concentrações (50g/l, 100g/l, 150g/l, 200g/l e 300g/l) de Aspidosperma pyrifolium Mart. Foram analisados 48 extratos de casca, folha e caule pertencentes a sete espécies vegetais Aspidosperma pyrifolium Mart. (Pereiro), Mimosa verrucosa Benth (Juremabranca), Mimosa hostilis (Mart.) Benth. (Juremapreta), Myracrodruon urundeuva Allemão (Aroeira), Ximenia americana L (Ameixa), Bumelia sartorum Mart(Quixabeira), Zizyphus joazeiro Mart(Joazeiro).Os extratosprovenientesdos três métodos foram submetidos à liofilização, para avaliar e quantificar as substâncias extraídas em cada processo. Os resultados mostraram que Aspidosperma pyrifolium Mart. e Myracrodruon urundeuva Allemão são as espécies que mais se destacam como larvicidas após 24 horas de experimento, em todos os processos de extração usados nos bioensaios. A espécie Zizyphus joazeiro Mart não demonstrou atividade larvicida em nenhum dos ensaios. Em relação ao método de extração, a decocção foi o método mais eficaznataxademortalidadedaslarvasde A.aegypti
ASSUNTO(S)
inseticidas dengue aedes aegypti entomologia e malacologia de parasitos e vetores insecticides aedes aegypti caatinga
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