O trato retino-hipotalâmico no mocó (Kerodon rupestris): Um estudo de traçado anterógrado com a subunidade b da toxina colérica

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

A luz, além de ser o estímulo para a visão, também controla processos que são completamente independentes da formação de imagem, como o ajuste dos ritmos circadianos do organismo ao ciclo claro/escuro ambiental. Em mamíferos, este ajuste ocorre através do trato retino-hipotalâmico, uma projeção direta da retina para o núcleo supraquiasmático, o principal marcapasso circadiano. Os trabalhos pioneiros mostraram a projeção retino-hipotalâmica exclusivamente para o núcleo supraquiasmático. Entretanto, através do uso de traçadores neurais mais sensíveis, outras áreas hipotalâmicas retino-recipientes foram apontadas em um amplo número de espécies de mamíferos. Neste trabalho o trato retino-hipotalâmico no mocó (Kerodon rupestris), um roedor endêmico da caatinga brasileira, foi demonstrado através de injeção intra-ocular unilateral da subunidade b da toxina colérica como traçador neuronal e revelação imuno-histoquímica. Os nossos resultados mostram que, no mocó, além do núcleo supraquiasmático, várias outras áreas hipotalâmicas recebem projeção direta da retina, tais como o núcleo pré-óptico ventrolateral, as áreas pré-ópticas medial e lateral, o núcleo supra-óptico e adjacências, as áreas hipotalâmicas anterior, lateral e retroquiasmática e a zona subparaventricular. Os resultados são discutidos à luz dos dados da literatura, dentro de um contexto funcional

ASSUNTO(S)

retino-hipotalâmico retinorecipient hypothalamic mocó biologia geral 

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