Viver e morrer pelo trabalho: uma análise da banalidade do mal nos crimes corporativos
AUTOR(ES)
Silveira, Rafael Alcadipani da, Medeiros, Cintia Rodrigues Oliveira
FONTE
Organ. Soc.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-06
RESUMO
Neste artigo, nós exploramos o conceito e os antecedentes de crime corporativo para discutir aqueles relacionados à morte de trabalhadores. Nosso objetivo é abrir um diálogo com sociólogos organizacionais que tratam do lado sombrio das organizações, bem como do conceito e das origens de crimes corporativos. Tomamos como referência o pensamento de Hannah Arendt sobre a banalidade do mal para conduzirmos o diálogo proposto: as ações organizacionais que acarretam a morte de trabalhadores e caracterizadas como crimes corporativos não constituem aquilo que Hannah Arendt chamou de "ausência de pensamento" ou de banalização do mal? Neste trabalho, de natureza ensaística, utilizamos a pesquisa documental em arquivos jornalísticos sobre duas situações reais de mortes no trabalho, incluindo tanto aquelas provocadas por acidente de trabalho, como, também, os suicídios, a título de ilustração da banalidade do mal. Dessa forma, ao final, apresentamos duas situações reais para ilustrar a banalidade do mal no agir das pessoas na corporação, cujos resultados fatais caracterizam-se como crimes corporativos.
ASSUNTO(S)
crime corporativo banalidade do mal morte no trabalho holocausto lado sombrio
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